terça-feira, 24 de outubro de 2017

Putin às elites ocidentais: "Acabou a brincadeira", por Dmitri Orlov

24/10/2014, Dmitri Orlov, Club Orlov


Esse discurso do presidente Vladimir Putin completa três anos – e que anos! –, precisamente hoje. Para ajudar a relê-lo e pensar, cortamos-colamos adiante a íntegra do discurso, em tradução ao português europeu, trabalho valioso de nossos amigos do Diário Liberdade da Galícia [NTs].


Ver também (sobre o Discurso)

PCR, "Putin às elites ocidentais: 'Acabou a brincadeira'."
[Da série "PARA NÃO ESQUECER" (1/2 e 2/2)]









Muitos, nas partes do mundo que só falam inglês, não souberam do discurso de Putin na Conferência Valdai em Sochi há uns poucos anos, e acho que os que ouviram falar do discurso não puderam lê-lo nem avaliar a importância dele. A mídia-empresa ocidental fez o que pôde para ignorar o discurso ou distorcer-lhe o significado. 

Independente do que você pense ou deixe de pensar de Putin (como o Sol e a Lua, Putin não existe como pretexto para que você tenha 'opiniões'), esse é provavelmente o discurso político mais importante desde a fala de Churchill, "Cortina de Ferro", dia 5/3/1946.

Nesse discurso, Putin mudou abruptamente as regras do jogo.

Política dos EUA para o Oriente Médio promoveu o Irã no Iraque e na Síria: hora de EUA saírem de lá

23/10/2017, Elijah J. Magnier Blog









Primeiro caiu Mosul, capital iraquiana não declarada do 'Estado Islâmico' [ing. ISIS]. E agora Raqqah, capital do Califato sírio, foi libertada – embora esteja quase totalmente destruída. Os jatos dos EUA executaram mais de 4 mil ataques, matando 1.920 civis e 232 terroristas do ISIS. Mais de 400 doISIS renderam-se e 462 (contabilizados até agora) foram escoltados com outros civis, em ônibus, até a área rural próxima de Deir-Ezzour sob controle do ISIS. Mesmo assim as forças dos EUA não mostram qualquer intenção de sair da Síria, mesmo agora com as forças regulares sob comando de Damasco já avançando sobre a última fortaleza do ISIS em Abu-Kamal-al Qaem depois da libertação da cidade al-Mayadeen.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

"Acima de tudo" – Junta-EUA mete as garras no poder, cada vez mais

21/10/2017, Moon of Alabama









Numa campanha de publicidade em 2008, a Força Aérea dos EUA se autodeclarava "Acima de Tudo". Slogan e símbolo da campanha eram semelhantes à campanha dos alemães em 1933 "Deutschland Über Alles". Foi um sinal do que estava por vir.

Na 5ª-feira, Masha Gessen assistiu ao briefing para a mídia pelo comandante militar da Casa Branca general John Kelly e concluiu:


briefing pode servir como trailer do que seria um golpe militar nos EUA, porque o que Kelly expôs em seus quatro argumentos foi dito sob a lógica de um golpe militar.
1.       Os que criticam o presidente não sabem do que falam, porque não prestaram serviço militar (...)

2.       O Presidente fez a coisa certa, porque fez exatamente o que seu general o mandou fazer (...)

3.       Comunicação entre o presidente e a viúva de um militar é assunto que só diz respeito aos dois (...)

4.       Cidadãos são classificados segundo a proximidade em que estejam de morrer pelos EUA (...)


Gessen chega atrasada. O golpe já aconteceu há meses. Uma Junta militar está no controle das políticas da Casa Branca. E agora está afundando as garras na carne do poder.

Mapa da estrada de Xi rumo ao Sonho Chinês, por Pepe Escobar












A Iniciativa Cinturão e Estrada da China – a Nova Rota da Seda – disparará o desenvolvimento e converterá em realidade o sonho do país.

Agora que o presidente Xi Jinping já foi devidamente elevado ao Panteão do Partido Comunista da China, na rarefeita companhia do Pensamento de Mao Zedon e da Teoria de Deng Xiaoping, o mundo terá tempo de sobra para digerir o significado do "Pensamento de Xi Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas para uma Nova Era".

O próprio Xi, em discurso de três horas e meia na abertura do 19º Congresso do Partido, apontou para uma bastante simplificada "democracia socialista" – exaltando as virtudes dela como único contramodelo à democracia liberal ocidental. Economicamente, ainda se pode discutir se tudo isso não cheira mais a "neoliberalismo com características chinesas".

Foram assentadas as metas a alcançar para a China, no futuro imediato.

Compensação China-rublo e o sistema EUA-dólar, por F. William Engdahl

20/10/2017, F. William Engdahl, New Eastern Outlook, NEO


O Banco do Povo da China acaba de anunciar um sistema de pagamento-versus-pagamento (PVP) para transações em rublos russos e yuan[1] chineses. O objetivo declarado é reduzir os riscos monetários no comércio entre aqueles países. O único risco concebível adviria do EUA-dólar e possíveis atos de guerra financeira movida pelo Tesouro dos EUA para agredir o comércio Rússia-China, que se está tornando muito significativo em volume e valor. Em dezembro deverá alcançar $80 bilhões, aumento de 30% na comparação com 2016. Mas há mais do que os olhos alcançam, nesse movimento aparentemente técnico em que se engajam China e Rússia.








O anúncio oficial, postado no website do Sistema de Comércio e Câmbio da China [ing. China Foreign Exchange Trade System (CFETS)] acrescenta uma nota, tremendamente significativa, segundo a qual a CFETS planeja introduzir sistemasPVPs para transações de yuan com outras moedas cujas bases são países incluídos na Iniciativa Cinturão e Estrada.

Assim se confirma o que discuti em artigo que postei em abril de 2016, a saber, que o grande projeto por trás da Iniciativa Cinturão e Estrada (ICE) tem um componente essencial de moeda com lastro ouro que pode mudar o equilíbrio global de poder a favor das nações da Eurásia, da Rússia e das nações da União Econômica Eurasiana, até a China e por toda a Ásia.

Clinton, Assange e a guerra contra a verdade, por John Pilger

20/10/2017, John Pilger, Counterpunch









Dia 16 de outubro a Australian Broadcasting Corporation, ABC Australia, pôs no ar uma entrevista com Hillary Clinton: uma de muitas para promover seu livro no qual estabelece uma dita sua verdade sobre por que não foi eleita presidenta dos EUA.

Mover-se pelas páginas do livro de Clinton What Happened [O que Aconteceu] é experiência desagradável, de revirar o estômago. Só calúnias e lágrimas. Ameaças e inimigos. "Eles" (os eleitores) sofreram lavagem cerebral que os pôs contra ela, culpa do odioso Donald Trump mancomunado com os sinistros eslavos saídos das profundas daquela escuridão macabra chamada Rússia, ajudados por um "niilista" australiano de nome Julian Assange.

No New York Times, viu-se uma espantosa fotografia de uma repórter consolando Clinton, imediatamente depois de a ter entrevistado. A líder que os EUA perderam seria, sobretudo, "absolutamente uma feminista". Os milhares de vidas de mulheres que a dita "feminista" destruiu enquanto foi governo – na Líbia, na Síria, em Honduras — não contam nem interessam a ninguém.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

MK Bhadrakumar: "Cinturão e Estrada" chineses estão enlouquecendo os EUA!

20/10/2017, MK Bhadrakumar, Indian Punchline










Quando falou ao Centro de Estudos Estratégicos Internacionais em Washington, 2ª-feira passada, em discurso intitulado 'Definir nosso relacionamento com a Índia para o próximo século', Tillerson falou da Iniciativa Cinturão e Estrada, ICE, dos chineses, na sessão de perguntas e respostas. Convidado a elaborar sobre uma expressão lastimável que usara no discurso – "economia predatória" no Pacífico Asiático – Tillerson respondeu como segue:

Socialismo, Terra e Banking: 2017 vs 1917, por Michael Hudson

19/10/2017, Michael Hudson, The Vineyard of the Saker












"Enquanto os grandes pontos de estrangulamento econômicos e políticos forem deixados em mãos privadas, eles continuarão a servir como gatilho para subverter políticas de reforma real. Eis a razão pela qual a política marxista teve de ir além dessas pretensas reformas socialistas." (...)
"A Guerra Fria mostrou que os países capitalistas planejam continuar combatendo contra economias socialistas, forçando-as a se militar para autodefesa. E o opressivo gasto militar excedente resultante passa a ser declarado culpa da burocracia e da ineficiência dos socialistas." (...)
"O colapso pós-sovietes nos anos 1990s não foi fracasso do Marxismo, mas da ideologia reacionária antissocial que está jogando as economias ocidentais sob o domínio de uma simbiose entre três modalidades de extração de renda pelo setor Finança, Imóveis, Seguros, FIS: renda da terra e dos recursos naturais; renda de monopólio; e juros (renda financeira). Esse é precisamente o destino do qual o socialismo e o Marxismo – e até o capitalismo de Estado – tentaram salvar as economias industriais."(...)
"A palavra 'reforma' como a usa hoje a mídia-empresa neoliberal significa desfazer as reformas da Era Progressiva, desmantelar a regulação pública e o poder de governo – exceto se for para forçar ainda maior controle pela finança e por seus interesses organizados aliados." (...)
"É a 'diplomacia' do capital financeiro, tentando consolidar uma hegemonia dos EUA sobre um mundo desejado unipolar. (....)
"O capital financeiro apoia essa sua estratégia com um currículo acadêmico neoliberal, que pinta a finança predatória e os ganhos do rentismo como se se acrescentassem à renda nacional, não como o que realmente são – ação de transferir a renda nacional para o bolso das classes rentistas. Esse quadro enganador da realidade econômica é ameaça real contra a China, que insiste em mandar seus alunos estudar Economia em universidades norte-americanas e europeias." (...)
"Assim, a única saída que restou para salvar a sociedade do poder que a finança tem hoje para converter renda em juros é uma política de nacionalização de recursos naturais, plena taxação da renda da terra (onde terra e minérios não sejam postos diretamente sob domínio público) e a reprivatização da infraestrutura e de outros setores chaves."
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Há um século, o socialismo parecia ser a onda do futuro. Havia várias escolas de socialismo, mas o ideal comum era garantir suporte às necessidades básicas e a propriedade do Estado, a sociedade livre de latifundiários, bankeiragem ["a Banca"] predatória e monopólios. No Ocidente essas esperanças estão hoje ainda muito mais distantes do que parecia em 1917. Terra e recursos naturais, monopólios básico da infraestrutura, assistência à saúde e aposentadorias foram cada dia mais privatizados e financializados.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

"Nova Era" do socialismo chinês - Partido Comunista da China abre o 19º Congresso Nacional

18/10/2017, Xinhua, Pequim, Li Zhihui, Zhang Zhengfu e Wang Cong, com colaboração de Zuo Wei and Liu Jie










PEQUIM, 18/10 (Xinhua) – O Partido Comunista da China divulgou o "Pensamento sobre Socialismo com Características Chinesas para uma Nova Era" como o mais recente passo na jornada para construir um "grande país socialista moderno", na abertura de seu 19º Congresso Nacional, nessa 4ª-feira.

Falando à sessão inaugural, Xi Jinping delineou uma abordagem em dois passos para se tornar um grande país socialista moderno, depois que a construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os sentidos estiver completada, à altura de 2020.

Russia-gate real tem a ver com derrubar Hillary

17/10/2017, Tom Luongo

Hillary Clinton acabará presa. Anotem o que digo. E Julian Assange é o arquiteto da destruição dela. Como sei disso? Simples. A barragem de contenção já está rachando.







Artigo de hoje cedo em The Hill denuncia sem meias palavras a colusão entre o Departamento de Estado de Hillary e funcionários russos de alto nível, para a venda de grande parte da produção de urânio dos EUA para a Rosatom, a gigante estatal russa de energia nuclear.

O artigo é mortal. Nem consigo extrair trechos, porque tudo é explosivo. É preciso ler na íntegra e pensar sobre a gravidade do que lá se diz.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Por que Trump ficou atômico contra o Irã, por Pepe Escobar

16/10/2017, Pepe Escobar (de Telesur)










Bem quando a opinião pública mundial temia que EUA e RPDC estivessem à beira da guerra nuclear, o novo eixo de tempos do mal (Coreia do Norte, Irã, Venezuela) apronta uma virada dramática na trama: o presidente Trump pôs-se a esbravejar que a verdadeira ameaça é o acordo nuclear com o Irã.

Entra em cena mais uma grave crise internacional nova em folha, tirada do nada e já com mortífero potencial embutido de guerra.

China move-se para mercados mundiais. EUA, para mais guerras, por James Petras

Sucesso da China e recuo latino-americano 


15/10/2017, Prof. James Petras, Global Research (excerto)










Depois de mais de uma década de crescimento e estabilidade, os regimes progressistas latino-americanos recuaram e entraram em declínio. Por que a China continua na mesma trilha de estabilidade e crescimento, enquanto seus parceiros latino-americanos estão em retirada ou já derrotados?

Iraque - Fim do projeto curdo de independência

16/10/2017, Moon of Alabama








Hoje, o governo do Iraque retomou Kirkuk, que estava ocupada por forças curdas. É o fim do projeto curdo de independência no Iraque.

Em 2014, o Estado Islâmico ocupou Mosul. Ao mesmo tempo, o governo regional curdo sob liderança de Masoud Barzani mandou suas tropas Peshmerga para tomarem a cidade de Kirkuk, rica em petróleo, então em mãos de forças do governo central do Iraque que entravam em colapso. Houve alegações plausíveis e algumas evidências (vídeos) de que os curdos teriam feito um acordo com o ISIS e coordenado o movimento.

Em 2016 e 2017 forças iraquianas derrotaram o ISIS em Mosul. Grupos curdos aproveitaram a oportunidade da derrota do ISIS para ocupar mais terras, mesmo não habitadas por população de maioria curda e que não se incluíam na sua região autônoma.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

China comunista suposta não comunista, por Jeff J. Brown



Apesar do que diga o império ocidental sobre a democracia na China, o comunismo está funcionando muito bem na sociedade chinesa. O artigo discute como os avanços socioeconômicos e geopolíticos da China desde 1949 podem ser atribuídos à exclusiva versão chinesa de democracia.








Em meados da década dos 1930s, a China estava dividida por quatro forças que competiam entre elas. Uma, o Exército Vermelho comunista, comandado por Mao Zedong. Outra, os fascistas japoneses e seu Exército Imperial. Uma terceira, os Nacionalistas Guomindang, abreviadamente “KMT” (ing.), e comandados por Chiang Kai-Shek. A quarta força eram todos os colonialistas – imperialistas, claro, que se autopromoviam com o rótulo pretensioso de “Grandes Potências”.

Vladimir Putin: muito além de uma caricatura grosseira - As entrevistas de Putin a Oliver Stone

16.10.2017, Léa Maria Aarão Reis - Conversa Afiada



Resenha da escritora e jornalista Léa Maria Aarão Reis






Quando o apresentador da CBS, Stephen Colbert, entrevistou o cineasta Oliver Stone, há três meses, procurando desqualificá-lo com ironias baratas e criticando-o pela primorosa série de quatro episódios, Putin’s Interviews, que acabava de estrear nos Estados Unidos, a ignorância americana foi desafiada e exposta em um dos seus momentos mais ridículos.

Bastante semelhante ao que ocorre aqui com a audiência controlada dos programas de auditório tipo hulks, faustos, silvios et caterva locais: indivíduos rindo histericamente, sem saber exatamente do que gargalham.

Na ocasião, o respeitado jornalista John Wight escreveu no site Russia Today, na contramão da grosseira caricatura do presidente da Rússia vigente nos Estados Unidos:"Assistir a série de documentários de Oliver Stone sobre Vladimir Putin é absolutamente necessário para que o público ocidental tenha uma visão da visão de quem governa a Rússia, o maior país da Europa, grande potência nuclear e alvo de profundas tensões decorrentes das diferenças geoestratégicas do país e da rivalidade com Washington nos últimos anos."

domingo, 15 de outubro de 2017

Robert Fisk: Quem matou o Ten-gen. Valery Asapov na Síria?

6/10/2017, Robert Fisk, Counterpunch











A Força Aérea russa chegou à Síria há dois anos, completados essa semana, para salvar o Presidente Bashar al-Assad e seu exército. Conseguiram. O Exército Árabe Sírio impôs-se, embora ao custo (até aqui) de 56 mil soldados sírios mortos. "Não teremos aqui outro Afeganistão" – os russos diziam a quem encontrassem em Damasco. Mas claro que, imediatamente, puseram lá os seus especialistas para traçar as melhores rotas aéreas para seus Sukhois contra os alvos certos, seus especialistas em remoção de minas, para arrancar as florestas de bombas que o ISIS plantou, seus policiais militares para supervisionar a saída de combatentes islamistas para fora das grandes cidades ocidentais da Síria. E generais para dar aconselhamento – e, semana passada, para serem mortos – na Síria.

Acordo de passe livre para o ISIS em Raqqa – EUA negam – Vídeo prova que EUA mentem

14/10/2017, Moon of Alabama









Depois das suas negociações sobre passe livre, com EUA e suas forças 'delegadas' locais curdas, o ISIS está transferindo seus milicianos, retirando-os da cidade de Raqqa. Quando o governo sírio obteve acordos semelhantes, os EUA criticaram infantilmente. Hoje, a 'coalizão' dos EUA diz que "não se envolveu nas discussões" que levaram ao acordo para passe livre para os terroristas em Raqqa. Matéria da rede BBC News mostra que a verdade é o contrário do que dizem os EUA.

E o Comunismo? Morreu mesmo?

12/10/2017, The Saker, Unz Review The Vineyard of the Saker






[ATENÇÃO: Excluíram-se da tradução desse artigo uns poucos trechos/repetições que nos pareceram muito enviesadas (p. ex: "se o Comunismo terminou formalmente na Rússia em 1991, os chineses também se afastaram silenciosamente dele, substituindo-o por uma modalidade tipicamente chinesa de Capitalismo" e/ou "Até o Comunismo chavista resultou em completa bancarrota da Venezuela": não são comentários factuais, nem são passos essenciais para desenvolver o argumento. 
As exclusões estão marcadas com "(...)" no texto abaixo, para que os trechos excluídos possam ser localizados e lidos no original.
Fazemos assim o que nos parece ser honesta tentativa para conhecer a posição que tem, sobre esse tema, um dos mais interessantes autores brotado na blogosfera, que tantas vezes citamos e repercutimos, e fonte pródiga de saberes que não há no Brasil sobre a Rússia e o Oriente Médio no século 21. Ao mesmo tempo tentamos não nos deixar enredar no discurso anticomunista vicioso da Guerra Fria [NTs]).





(...)
Comunismo – o passado:


Para começar, nunca houve "colapso" da União Soviética. A URSS foi desmantelada de cima para baixo pelos líderes do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) que decidiram que a nomenklatura soviética dividiria o "bolo" soviético em 15 fatias menores. O que aconteceu depois foi resultado da luta interna entre aquelas facções. Dado que ninguém jamais elegera aquelas gangues de apparatchiks do Partido para legitimamente dissolverem a URSS nem, de fato, para reformá-la fosse como fosse, as ações dos líderes soviéticos naquele momento devem ser descritas como golpe totalmente ilegal.

EUA aumentam pressão sobre Irã e Hezbollah? (OK. Não acontecerá grande coisa...)

14/10/2017, Elijah J. Magnier Blog









EUA subiram o nível de tensão com o Irã sem dar qualquer passo concreto para cancelar sua assinatura no acordo nuclear iraniano. O motivo pelo qual se deve esperar que Trump limite-se a desaforos verbais e continue com as ameaças de medidas hostis contra Teerã sem nada fazer é, fundamentalmente, evitar criar uma brecha entre EUA e a União Europeia, UE. O acordo nuclear não é bilateral; assim sendo, a saída dos EUA não o torna, teoricamente, sem efeito. Ainda assim, o Irã provavelmente considerará vazio o acordo se os EUA saírem, com tudo que isso implica. Então os EUA continuam suas agressivas campanhas verbais contra o Irã, confundindo os europeus os quais ficam corretamente sem conseguir prever que decisões o presidente dos EUA é capaz de adotar no médio a longo prazo.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Alto escalão do Exército de Israel: Israel diante de "Derrota Catastrófica"

(se próxima guerra contra o Hezbollah durar mais de dez dias) 












Palavras dessa semana, vindas da Síria, oferecem mensagens conflitantes de amigos e de inimigos de Israel e do Hezbollah:

"Lamentamos, claro, que grande parte do Líbano será destruída. Perguntem ao Irã por que acontecerá assim. Mas cuidado para que a coisa não dure 34 dias, como da outra vez (julho de 2006). Todos os civis devem abandonar áreas controladas pelo Hezbollah."

27/9/2017 - Auxiliar do presidente Avi Dichter da Comissão de Assuntos Internos e de Defesa do Parlamento de Israel, que pediu para não ser identificado.

"Netanyahu e seus líderes militares não sabem até onde uma guerra pode levá-los, no caso de eles a iniciarem, e não têm qualquer noção realista de o que os espera na próxima guerra. Conclamo os judeus não sionistas a deixar a Palestina ocupada e voltar aos países de onde saíram, para que não venham a ser usados como bucha de canhão na próxima guerra, caso não tenham tempo suficiente, depois, para partir".