sábado, 30 de setembro de 2017

Pepe Escobar sobre a Situação na Catalunha: "No pasarán!"

30/9/2017, 13h, Pepe Escobar (pelo Facebook)











O repelente nano-Franco, primeiro-ministro espanhol Rajoy, defendeu a repressão que ele ordenou contra o referendum na Catalunha, evocando "o que diz a nossa lei". Ah, sim, lá isso é: é a lei deles, claro.

Dito do modo mais conciso possível: o âmago da questão são os artigos 116 e 155 de uma Constituição realmente atrasada, uma porcaria, da Espanha; o primeiro fala de como funcionam os estados de alarme, exceção e sítio na Espanha; o outro é aplicado para "compelir a [comunidade autônoma] a cumprir (...) obrigações, de modo a proteger os (...) interesses gerais".

Ora, essas "obrigações" e esses "interesses gerais" são definidos por – e quem poderia ser? – Madrid e só Madrid. A Corte Constitucional é piada – não dão nenhuma importância ao princípio da separação dos poderes. A Corte mantém um bando de mafiosos/charlatães legais a serviço dos dois partidos do establishment, os ditos "socialistas" do PSOE e os direitistas medievais do PP.

Lembram-se do fracassado golpe de 23/2/1981 – quando houve uma tentativa de empurrar a Espanha de volta para a longa noite escura do franquismo? Eu estava lá, com Kyra, então grávida de nosso filho Nick, numa livraria das Ramblas, quando tivemos de correr de volta à casa da avó de Kyra para nos proteger (fez-me lembrar dos golpes na América Latina nos anos 60s e 70s). E desde o golpe, o que passa por "justiça" na Espanha é uma lacaia desses dois partidos políticos.

Essa corte obscena na verdade já SUSPENDEU a lei catalã do referendum, sob o argumento de que violaria a Constituição medieval. 

Trata-se de uma amaldiçoada colusão, que a maioria do povo catalão vê com clareza cristalina. Madrid obra hoje um golpe – outra vez contra o governo catalão e, claro, contra a democracia.

Não surpreende que o imortal mantra da guerra civil esteja de volta: "¡No pasarán!"  Não passarão! *****


"Uma segunda Israel": A "Independência" do clã Barzani e dos curdos, por Moon of Alabama

28/9/2017, Moon of Alabama










A região curda do Iraque realizou um referendum sobre separar-se do Iraque para constituir um estado independente. O referendum é extremamente irregular nas circunstâncias em campo e o resultado estava decidido desde antes. A própria realização desse referendum nesse momento teve mais a ver com a situação precária do presidente regional ilegítimo Barzani do que com alguma oportunidade legítima para chegar à independência. O referendum não tinha valor de lei e o resultado não cria qualquer obrigação para qualquer lado. Depende de Barzani declarar a independência ou engavetar a questão em troca, essencialmente, de mais dinheiro.

Escrevemos pela primeira vez sobre o problema curdo e as ambições curdas no Iraque nos idos de dezembro de 2005(!). Os problemas de uma região curda independente que apontamos há doze anos continuam inalterados:

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Enfraquecimento da dupla Merkel-Schauble pode levar ao fim das sanções da Alemanha contra a Rússia

28/9/2017, Tom LuongoRussia Insider








Sobre Schauble em plena atividade e força, ver:
13/2/2015, Pepe Escobar, Merkel−Alemanha−União Europeia−Grécia−Ucrânia,
de Russia Today, traduzido em redecastorphoto
23/2/2015, Mike Whitney, Operando na ponta dos dedos Varoufakis mantém a Grécia na Eurozona, de Information Clearing House, traduzido emredecastorphoto
31/8/2015, Michael Hudson, Faxinando o papel sujo do FMI na Grécia. Sobre reportagem especial da agência Reuters, de Counterpunch, traduzido em Tlaxcala







A pírrica vitória de Angela Merkel no domingo já está sacudindo a estrutura de poder na União Europeia.

A notícia chegou hoje cedo às redações: a primeira baixa resultante do resultado das eleições de domingo na Alemanha é o ministro federal das Finanças Wolfgang Schauble, há nove anos no poder. Já é efeito das conversações entre a chanceler Angela Merkel e ambos, os Democratas Livres (ing. Free Democrats Party, FDP) e os Verdes.

O medíocre desempenho eleitoral de Merkel levou à mudança. Christian Lidner, presidente dos FDPs, já trabalhava para conseguir o emprego de ministro federal das Finanças desde o início da temporada eleitoral. E também foi, ao lado do ex-presidente dos sociais-democratas e atual vice-chanceler e ministro das Relações Exteriores Sigmar Gabriel, empenhado defensor da normalização de relações com a Rússia.

Viés anti-Rússia na mídia-empresa nos EUA

(no Brasil, então, onde a mídia-empresa vive de macaquear o NYT, nem se fala!)


26/9/2017, William Blum, Blog








O viés anti-Rússia/anti-soviéticos na mídia-empresa nos EUA parece um poço sem fundo. Qualquer um suporia que o pessoal 'jornalístico' seria suficientemente bem informado e dotado de competência profissional e integridade moral – por mínimas que fossem – para se preocuparem, pelo menos, com a própria reputação. Não. A coisa não melhora nunca.

Um dos casos mais recentes é uma resenha de uma nova biografia de Mikhail Gorbachev publicada na suposta muito respeitável New York Times Book Review (ed. de 10/9/2017). Pois lá se lê que Gorbachev "nunca foi herói de seu próprio povo", 'porque' foi "o destruidor do império deles (sic)."

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Decifrando a charada do delírio iraquiano dos curdos, por Pepe Escobar

27/9/2017, Pepe Escobar, Asia Times








Masoud Barzani superestimou as cartas que tinha na mão – nenhuma potência regional aceitará a partição do Iraque 



"Durante a Guerra Fria, o mulá Mustafa Barzani (pai de Masoud Barzani) aproximou-se de Washington e do xá do Irã. Serviu como oficial do Mossad. Na imagem, é visto aqui em Israel com Abba Eban (Ministro dos Negócios Estrangeiros) e com o general Meir Amit (diretor do Mossad)" [Imagem acrescentada pelos tradutores].

O esperto líder de clã Masoud Barzani, presidente do Governo Regional do Curdistão, GRC [ing. Kurdistan Regional Government (KRG)], anunciou que o "Sim" venceu o referendo da independência, resultado que não tem força de lei, na 2ª-feira. Agora que os dedos indicadores marcados com tinta azul real não lavável já saíram da frente, começa a verdadeira batalha entre o GRC e Bagdá. O primeiro-ministro do Iraque Haider al-Abadi e a Suprema Corte do Iraque denunciaram o referendo como "não constitucional".

O mito da excelência moral das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG)

11/7/2017, Stephen Gowans, What's Left









Crítica fortemente enviesada distribuída pela International Socialist Organization (ISO) dos EUA,* que se vê na Imagem com título "Se a Organização Internacional Socialista existisse em 1865" acaba por revelar a orientação de grandes porções da esquerda ocidental contra o governo árabe nacionalista do presidente Bashar Al-Assad em Damasco. 

A verdade que aí se vê é que a ISO e suas organizações cognatas não deixarão pedra sobre pedra, à procura de alguma força – qualquer força – dentro da Síria, que elas possam apoiar e que se tenha armado contra Damasco. Isso, a ponto de já dizerem que 'algum grupo' existe... mesmo que ninguém consiga identificá-lo.

Estados Unidos da América: o Quarto Reich

27.09.2017, Finian Cunningham - Strategic Culture 


tradução por btpsilveira




A declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última semana, ante as Nações Unidas, de “destruir totalmente” a Coreia do Norte e seu modo de falar sobre o poder militar dos EUA estão lado a lado com as invocações do Terceiro Reich Nazista de “Guerra Total”.

A facilidade com que Trump e seus altos funcionários falam sobre “opções militares” para lidar com a Coreia do Norte e outras nações que não querem se submeter a seus desígnios, podem ser facilmente colocadas não apenas como uma violação da Carta da ONU, mas também estão contra a lei estabelecida nos Tribunais de Nuremberg durante os processos contra os líderes nazistas. Ora, qualquer uso de ameaças de guerra que não seja claramente um ato de auto defesa é “agressão”.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Baba Pequim e o Grande Urso derrubam Tio Sam no Irã e na Venezuela

25/9/2017, Jeff J. Brown, The Vineyard of the Saker*






Mas… O que aconteceu aos bons velhos tempos da Guerra Fria, quando EUA ricos e imperiais batiam em Rússia e China pobres, agrárias, atrasadas, e Irã e Venezuela eram regimes corruptos fascistas a serviço dos interesses do capital norte-americano?! Longe vão esses dias! Parece que faz tanto, tanto tempo! 



Era uma vez, em 1945-1990, quando os EUA reinavam sobre o mundo não comunista como brutal líder de quadrilha, abusando o mais possível de seus muitos estados-poodles, com seu ilimitado poder militar e financeiro, sacudindo o chicote e ameaçando tudo e todos até que se rendessem e obedecessem. A piada em círculos diplomáticos do pós-guerra sempre foi que os EUA não têm amigos, só clientes, e abusados e espancados sem dó. My, oh my, como tudo isso mudou!

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Irã chega ao xeque-mate contra EUA e Israel, por MK Bhadrakumar

24/9/2017, MK Bhadrakumar, Indian Punchline











anúncio em Teerã no sábado, do bem-sucedido teste com um míssil balístico com alcance 2.000 quilômetros e capaz de transportar várias ogivas para atingir diferentes alvos, modifica fenomenalmente o equilíbrio militar no Oriente Médio.

Israel e os cerca de 45 mil soldados dos EUA alocados no Oriente Médio – Jordânia (1.500), Iraque (5.200), Kuwait (15.000), Bahrain (7.000), Qatar (10.000), EAU (5.000), Omã (200) – estão todos ao alcance do mais novo míssil iraniano. O Irã demonstrou ter capacidade de contenção que priva os EUA e Israel de qualquer opção militar.

The Saker: Na Síria, escalada muito perigosa

25/9/2017, The Saker, The Vineyard of the Saker










Nesse momento muitos de vocês certamente já ouviram as notícias: um general-tenente, Valery Asapov, e dois coronéis russos foram mortos no que tudo indica que tenha sido ataque de morteiro, premeditado, com mira muito atentamente definida. Como no caso da unidade militar russa recentemente atacada perto de Deir ez-Zor, os russos estão acusando os norte-americanos de estarem por trás desse ataque. Para piorar, os russos agora também já acusaram oficialmente os norte-americanos de estarem operando em ativa colaboração com o ISIS:

Forças para Operações Especiais dos EUA (FOE-EUA) permitiram que unidades das Forças Democráticas Sírias apoiadas pelos EUA avançassem sem obstáculos através das formações do ISIS. Sem encontrar qualquer resistência dos militantes do ISIS, as unidades das Forças Democráticas Sírias estão avançando pela margem esquerda do rio Eufrates em direção a Deir-ez-Zor. As fotos aéreas feitas dias 8-12 de setembro sobre locações do ISIS registraram grande número de blindados Hummer norte-americanos, que estão a serviço das Forças para Operações Especiais dos EUA. As imagens mostram claramente as unidades FOE-EUA estacionadas em fortalezas que foram montadas e equipadas pelos terroristas do ISIS. – Mas não há evidência de assalto, combate ou quaisquer ataques aéreo feitos pela coalizão comandada pelos EUA para desalojar os militantes. – Apesar de as fortalezas dos EUA estarem implantadas em áreas do ISIS, até hoje nenhuma patrulha foi ali organizada. Essa evidência sugere que as tropas dos EUA sintam-se seguras em regiões controladas pelos terroristas.

Adiante, os mapas e fotos aéreas exibidas pelos russos (para maior resolução, clique aqui).

Um império em derrocada: A estratégia militar da Rússia e da China para conter os EUA

25.09.2017, Federico Pieraccini -  Strategic Culture Foundation



tradução de btpsilveira






Ao prestar atenção na paisagem política global do último mês, sobressaem duas tendências. O obsceno poder econômico e militar à disposição dos Estados Unidos está em declínio, enquanto ocorre uma aceleração na criação de uma série de infraestruturas em um mundo multipolar, com mecanismos e procedimentos para conter e limitar os efeitos negativos do declínio (norte)americano neste momento de queda. Esta série de três artigos deverá focar em primeiro lugar no aspecto militar dessas mudanças em andamento, depois nos aspectos econômicos e finalmente, como e porque pequenos países estão transitando do campo unipolar para o terreno multipolar do planeta.

domingo, 24 de setembro de 2017

Kadyrov na Chechênia & Soros em Myanmar

14/9/2017, Scott Humor, The Vineyard of the Saker








Só nós acertamos, ninguém mais. Só nós. E por isso todos devem ler thesaker.is e nossos parceiros.

Comecemos por definir um cenário hipotético.

Uma organização supranacional intergovernamental criminosa chamada "Estado Profundo" comanda uma agência militarizada de inteligência chamada "CIA". Fazem dinheiro pelos mesmos métodos usados há eras pelos assaltantes de rua. Só que, em vez de emboscar indivíduos em becos, o Estado Profundo ataca, embosca, estupra, pilha e saqueia países inteiros. Suas operações de emboscada contra qualquer nação pobre sempre vêm camufladas como movimentos por direitos civis e sempre começam com a chegada de uma fundação de caridade que leva o nome (e recebe dinheiro) de George Soros.

sábado, 23 de setembro de 2017

Janot sai mesquinho, do mesmo modo que entrou, por Eugênio Aragão

22.09.2017, Eugênio Aragão


O blog não poderia se furtar a prestar uma última homenagem ao imprestável Janot.





Quem leu a notívaga mensagem de despedida de Janot aos colegas pôde até se convencer de que ele nada tem a ver com o estado de caos que deixou no País, tal a força das palavras que usou, com a mesma prosódia de seu patético “Corrupção, Nãããão“, chororô com que se lançara na campanha de destruição da democracia no País.

Mas, em verdade, os “larápios egoístas e escroques ousados” estão no poder porque ele deixou. Talvez sua vaidade lhe ofuscou a vista. Pensar assim é menos grave que lhe apontar protagonismo no golpe de 2016. Foi, porém, sua omissão imprópria que permitiu a Temer e sua turma praticar o maior arrastão de que se tem notícia na história política do Brasil.

Vamos recapitular, Dr. Janot?

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Forças especiais russas repelem ataque planejado pelos EUA na Síria, denunciam o crime e dão um aviso muito claro

21/9/2017, The Saker, The Vineyard of the Saker









Evento absolutamente sem precedentes acaba de ocorrer na Síria: "terroristas do bem" apadrinhados pelos EUA tentaram um ataque surpresa contra forças do governo sírio estacionadas no norte e nordeste da cidade de Hama. O que torna sem precedentes o ataque é que ocorreu dentro da chamada "zona de desescalada"; e tudo faz crer que um dos objetivos do ataque teria sido cercar num movimento de pinça, e depois capturar um batalhão de oficiais da política militar russa enviados para monitorar a reforçar o status especial dessa zona.

A interessante nova geopolítica russa do petróleo, por F. William Engdahl

19/9/2017, F. William Engdahl, New Eastern Outlook






Desde o Acordo Linha Vermelha de 1928 entre as gigantes britânicas, francesas e norte-americanas do petróleo para dividir as riquezas do Oriente Médio para o mundo do pós-1ª Guerra Mundial, o petróleo, ou mais precisamente, o controle sobre o petróleo passou a constituir a tênue linha vermelha da moderna geopolítica. Durante o período soviético, as exportações russas de petróleo visavam a maximizar a renda em dólares em todos os mercados possíveis. Hoje, com as ridículas sanções de EUA e União Europeia contra a Rússia, e as guerras instigadas por Washington no Oriente Médio, a Rússia está desenvolvendo novo quadro estratégico para sua geopolítica do petróleo.


Muito se disse sobre como a Rússia da era Putin usou a própria liderança como fornecedor de gás natural como parte vital da diplomacia geopolítica russa. Os gasodutos Nord Stream e em breve também Nord Stream II diretamente da Rússia, submarinos, contornando os campos minados da OTAN política na Ucrânia e na Polônia, tiveram o efeito benéfico de construir um lobby da indústria na União Europeia. Especialmente na Alemanha, que pensará duas vezes antes de entrar nas provocação russofóbicas lunáticas de Washington. Assim também o Ramo Turco (ing. Turkish Stream), que dá ao sudeste da Europa a possibilidade de acesso seguro ao gás natural russo para indústria e aquecimento, independente da Ucrânia, é desenvolvimento positivo, tanto para os Bálcãs como para a Rússia. Agora começa a emergir um novo elemento na estratégia das grandes petroleiras estatais russas, para desenvolver nova estratégia geopolítica, usando o petróleo russo e empresas russas de petróleo.

Do presidente da República Popular Democrática da Coreia a Trump

22/9/2017, no Guardian, apud Pepe Escobar, no Facebook









"O primeiro discurso do presidente dos EUA na arena da ONU, nas atuais circunstâncias, quando a situação na Península Coreana foi tornada mais tensa que jamais antes e aproxima-se de uma situação de alto risco, já gerou preocupação em todo o mundo.

Quando refletia e ia modelando a ideia geral do que ele diria, eu já sabia que viriam observações estereotipadas, ideias prontas, um pouco como já é rotina quando ele fala no calor da hora de seu gabinete, e que ele repetiria no maior palco diplomático do mundo.

Mas, muito longe de se pronunciar como faria qualquer potência persuasiva, que possa ser considerada benéfica para diluir tensões, o que ele nos trouxe foram grosserias e desatinos, mais do que jamais se ouviram de qualquer de seus predecessores.

Cachorro assustado late mais alto.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Desmascarada: Doutrina Trump e a carnificina do neoeixo do mal, por Pepe Escobar

20/9/2017, Pepe Escobar, Asia Times (reproduzido em The Vineyard of the Saker)









Nada de "discurso profundamente filosófico". Sequer um show de "realismo com princípios" – como a Casa Branca havia espalhado. O presidente Trump na ONU foi de "carnificina à EUA", tomando emprestada a expressão do autor de discursos e nativista Stephen Miller.

É preciso deixar 'baixar' a enormidade do que acaba de acontecer, devagar. O presidente dos EUA, diante da burocracia enfatuada que se faz passar por "comunidade internacional", ameaçou "varrer do mapa" toda a República Popular Democrática da Coreia (25 milhões de almas, metade da população do estado de São Paulo, NTs). E também varrerá (se varrer a Coreia do Norte) vários outros milhões de sul-coreanos como dano colateral.

Regime nos EUA não age de boa fé, por Neil Clark

31/8/2017, Neil Clark, RT








© Omar Sobhani / Reuters

A única surpresa quanto à recente reviravolta nas falas de Donald Trump sobre o Afeganistão é que tantos pareçam tão surpresos.

Eleito para o Salão Oval como crítico severo do envolvimento dos EUA em caríssimos conflitos no Oriente Médio, por uma população cansada de guerras, "O Donald" acabou por se revelar precisamente tão presidente pró-guerras quanto os que vieram antes dele. Ordenou ataque com 59 mísseis Tomahawk contra um campo de pouso do governo sírio e lançou a 'Bomba Mãe de Todas as Bombas' sobre o Afeganistão. Isso, além de ameaçar Coreia do Norte e Venezuela e escalar o envolvimento dos EUA contra um Iêmen devastado pelo cólera.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Irã revoluciona a Arte de Negociar, por Pepe Escobar

16/9/2017, Pepe Escobar, Asia Times








O Irã é um elo chave de conectividade nas rotas seja da Ásia Central seja do Cáucaso. Foto: iStockphoto/Getty

Com o presidente Hasan Rouhani preparando-se para falar à Assembleia Geral da ONU em New York e o governo Trump e aliados em lobby incansável para desqualificar o acordo nuclear do Irã, Teerã só faz assinar acordos e mais acordos de negócios com asiáticos e europeus.


Para o governo chinês, Irã – e Paquistão – são tão importantes em termos geopolíticos que os dois são tratados como nações de interesse do ministério do Interior no leste da Ásia (não no Oriente Médio, no caso do Irã), ao lado de Japão e Indonésia.

E precisamente como o Paquistão via o Corredor Econômico China-Paquistão (CECP), o Irã é nodo essencial das Novas Rotas da Seda, também conhecidas como Iniciativa Cinturão e Estrada (ICE).

EUA na Guerra da Coreia: Matar a esperança




16/9/2017, William Blum, in Information Clearing House









Como aconteceu de a Guerra da Coreia não ter sido objeto de protestos equivalentes aos que cercaram a guerra no Vietnã? Tudo que vimos no Vietnã foi verdade histórica, antes, na Coreia: o apoio dos EUA a uma tirania corrupta, as atrocidades, o napalm, os massacres em massa de civis, cidades e vilas reduzidas a escombros, a gestão planejada do noticiário, sabotagem para desmontar toda e qualquer conversação de paz. Mas os norte-americanos foram convencidos de que a guerra na Coreia teria sido caso indiscutível de um país que, sem provocação, invade outro. Caso de os bandidos atacando os 'mocinhos', que estavam sendo salvos por super 'mocinhos', sem nem vestígio da dúvida moral, histórica e política que foi o dilema do Vietnã. A Guerra da Coreia 'começou' de um modo bem claro: a Coreia do Norte atacou a Coreia do sul, bem cedo na manhã de 25/6/1950. No caso do Vietnã... sempre foi como se ninguém tivesse ideia de como, quando ou por quê a guerra começou.