domingo, 31 de janeiro de 2016

Mídia: Rússia atou as mãos dos EUA às vésperas das negociações sobre Síria

28.01.2016 - Sputnik Brasil

Os êxitos militares da Rússia na Síria limitaram sensivelmente as posições dos EUA no processo de negociações sobre o país árabe. Nessas condições, os líderes da oposição síria perdem a confiança em Washington, colocando em perigo o sucesso das negociações, escreve a revista norte-americana Politico.



"Rússia e Irã gozam de uma presença significativa na Síria, tendo ajudado Assad a alcançar uma série de vitórias nas últimas semanas. O papel dos EUA está mais limitado" – diz o artigo.

Tal situação deixa os líderes da oposição descontentes, já que Washington passa a ter que concordar com propostas defendidas pela Rússia sobre a regulação.

"Kerry não fez quaisquer promessas, nem apresentou quaisquer iniciativas. Faz tempo que ele vem dando os mesmos sinais que a Rússia, que defende a criação de um "governo nacional" e a possibilidade de Assad permanecer no poder e se recandidatar às próximas eleições" – escreve Politico, citando as palavras do presidente Coalizão Nacional Síria Khaled Khoja.

A publicação destaca que a posição dos EUA sobre o processo de regulação do conflito civil na Síria rebaixa a autoridade de Obama aos olhos da oposição do país árabe.

Saiba por que a Rússia está um passo à frente dos EUA na Síria

31.01.2016 - Sputnik Brasil


Os esforços antiterroristas da Rússia na Síria são frequentemente avaliados como bem sucedidos, o que leva muitos americanos a questionar-se qual é o segredo de Moscou. O professor de relações internacionais Henri J. Barkey apresentou recentemente uma explicação satisfatória.



“Um amigo que trabalha na administração de Obama lamentou recentemente que os russos estejam sempre um passo à frente de nós quando se trata da Síria e do Oriente Médio. Se nos perguntarmos por que isso acontece, a resposta é simples: Moscou sabe exatamente o que quer na Síria e nós não”, escreveu Barkey para a edição American Interest.

Será que é verdade que a Rússia tem sido consistente em perseguir o seu objetivo principal – assistir o exército da Síria na sua luta contra os grupos radicais que tentam derrubar o presidente do país Bashar Assad? A operação de Moscou foi lançada após um pedido formal por parte de Damasco quanto os sírios estavam engajados em confrontos violentos com os insurgentes.

Pepe Escobar - Arábia Saudita faz roleta russa

29/1/2016, Pepe Escobar, SputniksNews


Mercados de petróleo despencados e massivo déficit nos EUA. O dumping de no mínimo $1 trilhão em securities dos EUA, pelos sauditas, será só a ponta do iceberg?



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Essa coluna revelou, semana passada, como a Arábia Saudita despejou no mercado pelo menos $1 trilhão emsecurities dos EUA e derrubou mercados globais –, ao mesmo tempo em que faz sua guerra dos preços (baixos) do petróleo.


Há excelentes análises sobre o que está realmente acontecendo com os mercados de petróleo, ou o papel de Wall Street na criação do crash do petróleo. Mas em todos os casos, a peça chave do quebra-cabeças é sempre o dumping obrado pelos sauditas.

Tudo que o Fed tem de fazer é comprar papeis do Tesouro dos EUA que a Arábia Saudita vende. O que conta é o que os sauditas fazem com seus créditos em EUA-dólares; podem, por exemplo, estar comprando ouro, para se autoproteger no caso de futura desvalorização do EUA-dólar — supondo-se que os Masters of the Universe permitissem.  

Se são $8 trilhões em ações securitizadas e papéis, inclusive do Tesouro, como os mais experientes corretores do Golfo Perda têm certeza, nesse caso Washington não terá mais problemas com o massivo déficit dos EUA.


O problema é que só vazou um fiapo de informação, para a mídia-empresa, sobre o que os sauditas estão fazendo. Os números estão grosseiramente subestimados.



Se se divulgassem todos os algarismos dos $8 trilhões, a mídia-empresa ocidental piraria completamente, e dentro da Arábia Saudita se geraria muita agitação.

Mike Whitney - Quadro na Síria é dramaticamente decisivo

Mas mídia-empresa nos EUA erra, se supõe que Putin estaria derrotado 
29/1/2016, 
Mike WhitneyCounterpunch

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



As conversações de paz para a Síria patrocinadas pela ONU, que começaram na 6ª-feira em Genebra, serão boicotadas pelo principal grupo de oposição síria, que insiste que a Rússia pare de bombardeá-los enquanto negociam. 

Para avaliar o ridículo dessa 'exigência', é preciso imaginar cenário semelhante, acontecendo nos EUA. 


Digamos por exemplo que Ammon Bundy, o líder pirado de uma milícia armada que tomou a sede de um santuário de vida selvagem, Malheur Wildlife Refuge, nos arredores de Burns, Oregon administrado pelo governo dos EUA, 'exigisse' que o FBI e demais agentes federais sumissem de lá, enquanto a ONU promovesse negociações entre os doidos e representantes do governo Obama, com vistas a organizar um governo de transição naquelas matas do Oregon, o qual derrubaria Obama da presidência em 18 meses, e reescreveria a Constituição dos EUA de modo que ela passasse a manifestar as convicções políticas de extrema direita política de Bundy e de seus seguidores amalucados no meio no mato.


Alguém aí consideraria razoável essa proposta?


Pois esse é o contexto em que se realizam as atuais "conversações de paz". Não surpreende que Moscou não leve a sério essa farsa: é piada, mesmo.


sábado, 30 de janeiro de 2016

Pepe Escobar - Genebra: o estágio farsa da guerra na Síria

29/1/2016, By Pepe Escobar, RT

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Mediador da ONU para a Síria, Staffan de Mistura © Denis Balibouse / Reuters

O chamado processo de paz sírio entra agora no estágio de farsa em Genebra. Pode durar meses; preparem-se para doses abundantes de arrogância e vociferação capazes de fazer corar um Donald Trump. 
A noção de que Genebra possa fazer o papel de Damasco, naquela pantomima de terno e gravata, é, para começar, cômica. Até o enviado da ONU, o soberbamente snob-engomado Staffan de Mistura, admite que a missão à frente é de Sísifo – e assim continuaria, ainda que todos os atores relevantes estivessem à mesa.

Depois, temos uma "figura da oposição" síria, George Sabra, a anunciar que nenhuma delegação de Riad, do Alto Comitê de Negociações, estará à mesa de negociações em Genebra. Como se os sírios carecessem de "oposição" instrumentalizada pela Arábia Saudita.

Assim sendo, para lhes oferecer algum contexto, eis uma rápida recapitulação dos eventos recentes, cruciais, em solo sírio, que Genebra, autodeclarada "a nova capital", talvez ignore e para prejuízo dela mesma.

Comecemos pelo verão passado, quando o comandante superstar general Qasem Soleimani das Forças Al-Qods do Irã falou em pessoa, em Moscou, para deixar absolutamente claro, sem dúvida possível, que a situação no teatro de guerra sírio era muitíssimo grave.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Pepe Escobar - Dragão de Seda, a caminho pela Estrada Persa



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


Xi veio, Xi viu, Xi papou todos os negócios que realmente interessam. O tour do presidente chinês Xi Jinping pelo sudoeste asiático – Arábia Saudita, Irã e Egito – pode ser facilmente vendido em qualquer canto do mundo como aquele típico estilo chinês de ganha-ganha.

Na arena das Relações públicas, Xi fez serviço de primeiríssima, acrescentando lustro e brilho extras à imagem da China como potência global. Pequim acertou todas, diplomaticamente, em todas as frentes e sob quaisquer critérios, acrescentando camadas e mais camadas de segurança energética (mais de metade do petróleo da China virá do Golfo Persa), ao mesmo tempo em que expande mercados para as exportações chinesas e as relações comerciais do país, em geral.

No Irã, Xi supervisionou a assinatura de 17 acordos político-econômicos, ao lado do presidente Hassan Rouhani do Irã. Mais um golpe diplomático certeiro: Xi foi o segundo líder de país membro do Conselho de Segurança da ONU a visitar Teerã depois de firmado o acordo nuclear em Viena, no verão passado; o primeiro foi o presidente Putin, da Rússia, em novembro. A observar, a crucial interação Rússia-China-Irã.


Para deixar tudo absolutamente claro, Xi fez uma declaração imediatamente antes de chegar a Teerã, confirmando o apoio de Pequim ao ingresso do Irã como membro da Organização de Cooperação de Xangai (OCX). Assim se solidifica, para o bem, esse trio de parceiros estratégicos a trabalharem pela futura integração da Eurásia.

O que os líderes russos aprenderam do colapso da URSS?

27/1/2016, Pyotr Akopov (orig. ru.) Vzglyadtrad. ao ing. por J.Hawk para South Front


"A Rússia Soviética foi destruída pelo vai-não-vai para todos os lados e para lado algum, pela ausência de visão estratégica, pela fraqueza e pela covardia de Gorbachev (...).

Tendo iniciado a reforma do sistema econômico e político antes de ter construído plano estratégico coerente, tão logo as reformas começaram a gerar mais problemas que soluções, Gorbachev assustou-se e meteu os pés pelas mãos. E daquele momento em diante – cercado por intrigas e dedicado a promover 'mudanças' sem qualquer rumo ou sentido nos quadros mais altos do governo –, Gorbachev consumiu todas as próprias forças exclusivamente para preservar a própria autoridade. "
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Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




A declaração do secretário do Conselho de Segurança da Rússia Nikolai Patrushev sobre as causas do colapso da URSS é nela e por si mesma muito esclarecedora. Mostra que a liderança russa não apenas compreende corretamente as razões daquela catástrofe, mas tem a vontade política indispensável para responder aos desafios internos e externos. Quanto a isso, sua avaliação da atual situação na Ucrânia é particularmente indicativa.

Durante toda a era Putin, Nikolai Patrushev sempre foi um dos mais importantes líderes nacionais russos. Começou por assumir o lugar de Putin na direção do Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (ru. FSB, órgão que substituiu a KGB), e ocupou por oito anos o posto de secretário do Conselho de Segurança.

Ao longo dos últimos quatro anos, o Conselho de Segurança foi-se convertendo na principal instituição coletiva de governança na Rússia. Entre seus membros estão os chefes militares e de segurança e ministros do bloco presidencial, além dos presidentes das Câmaras legislativas.


O Conselho de Segurança lida com conjunto muito vasto de problemas, mas, além disso, Patrushev é um dos quatro cabeças que definem e mantém o curso do país na arena internacional, ao lado de Putin, Sergey Ivanov e Sergey Lavrov. No ocidente, Patrushev é tradicionalmente pintado como "falcão", mas nada é além de realista sóbrio e homem sem ilusões sobre o 'projeto' atlanticista [que quer a integração do país ao 'ocidente', sob o 'comando' dos EUA; opõe-se aos "eurasianos soberanistas", na expressão do Saker, que querem a integração da Eurásia para constituir outro polo, em mundo multipolar (NTs)].

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O Ministério Público e as cenas proibidas da Operação Lava-Jato

26 de jan de 2016, por Mauro Santayana publicado originalmente em seu Blog




A defesa de Marcelo Odebrecht, detido no contexto da Operação Lava-Jato, pediu a reabertura do inquérito – que já entra na fase de julgamento – depois que descobriu que trecho do depoimento em vídeo feito pelo delator “premiado” Paulo Roberto Costa em que ele eximia Odebrecht de participação direta no esquema de propina foi omitido na transcrição feita pelo Ministério Público, e encaminhada ao Juiz Sérgio Moro, ainda antes da prisão do empresário.

“Se a declaração completa estivesse nos autos, obviamente teria inibido o juiz a determinar a realização de buscas e apreensões e a prisão de uma pessoa que foi inocentada por aquele que é apontado como coordenador das condutas criminosas no âmbito da Petrobras.”- declarou o advogado Nabor Bulhões, que solicitou acesso a todos os outros depoimentos em vídeo que citem seu cliente, para se assegurar que eles não foram alterados e correspondem às transcrições.

Em resposta à solicitação, o Juiz Sérgio Moro disse que “processo anda para frente” e deu a entender que não se pode voltar a etapas já encerradas para mudar essa questão.

E o Ministério Público, por intermédio do Procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, deu a entender que a transcrição não é literal devido ao o termo de declarações ser “fidedigno” porque “sua função é resumir os principais pontos do que foi dito”.

Ao agir como o fez, o MP promove censura subjetiva ao alterar o teor das declarações, quase como se cortasse cenas “proibidas” de um filme inadequado para certos tipos de público.

Eleições EUA: O fracassado jogo de demonizar Putin

24/1/2016, John Ivens, Consortium News

Entreouvido na Vila Vudu:

É ler e aprender: em vez do xororô infindável dos petistas sempre na toada do "como nos perseguem..." e "E se o ladrão fosse petista?" (que é como assinar muito imbecilmente uma declaração de que haveria zilhões de ladrões petistas), melhor começarmos a entender e mostrar que "a demonização infindável de Lula e Dilma é sinal de que o Grupo GAFE (Globo-Abril-FSP-Estadão) foi derrotado e teme ser novamente derrotado.

A Band 'noticiava' hoje q Lula teria sido convocado a depor 'porque' encontraram irregularidades "no prédio ao lado da residência do petista" – acredite quem quiser! 
:-D))))))

Esse tipo de tresloucamento 'midiático' suposto 'jornalístico' é prova de derrota política e de medo de mais derrota, não de grande força ante a qual todos nos deve(ria)mos borrar de medo. Kissinger dixit.  [Pano rápido].

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Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


A Washington oficial influencia a opinião dos eleitores norte-americano sobre política exterior e assuntos mundiais, sempre, infalivelmente, com demonizar governantes estrangeiros, fazendo-os objeto de repugnância e ridículo. – E assim os EUA supõem que justifiquem suas 'estratégias' golpistas, chamadas de "mudança de regime". É brincadeira macabra, especialmente perigosa se atentada contra a Rússia, grande, forte, respeitável e armada com bombas atômicas.


Dia 16 de janeiro passado, no quartel-general da campanha de Hillary Clinton em Iowa, encontrei Madeleine Albright. Está diferente do que recordo dela quando foi a primeira mulher a servir como Secretária de Estado dos EUA, no governo de Bill Clinton. Está menos imponente que antes, com ares, mais, de coruja de celeiro procurando abrigo, no duramente gelado inverno de Iowa.

Sergei Lavrov larga Victoria Nuland de boca aberta

- mas ela entendeu tudo e muito mais. 
25/1/2016, 
John Helmer, Dance with Bears, Moscou

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




O ministro de Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov tinha reunião marcada em Zurich, Suíça, na 4ª-feira passada, 20 de janeiro, com o secretário de Estado dos EUA John Kerry. A sala de reuniões e o encontro com fotógrafos foram organizados por funcionários do cerimonial do Departamento de Estado dos EUA. Na delegação de Kerry estava Victoria Nuland, secretária-assistente de Estado para Europa e Eurásia.


Nuland é uma dentre vários funcionários do governo Obama que comandam a guerra contra a Rússia no front ucraniano. Item importante do seu arsenal, a boca dessa mulher já serviu para atacar também governantes europeus aliados que não se interessaram pelas propostas dela, e o “Foda-se a União Europeia" de Nuland enunciado nos ouvidos do embaixador dos EUA na Ucrânia Geoffrey Pyatt, já falava claro no início de 2014, antes até de o presidente Victor Yanukovich ser derrubado em Kiev.

Moon of Alabama - Líbia: violência imperial é item que nunca falta

26/1/2016, Moon of Alabama

Violência imperial é item que nunca falta.

Depois que os EUA mentiram ao Conselho de Segurança da ONU sobre ameaças que Ghaddafi teria feito contra "manifestantes" em Benghazi, o CS-ONU permitiu o uso da força para proteger os tais "manifestantes" Rússia e China abstiveram-se de votar, em vez de vetar a resolução.


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Os EUA e seus aliados da OTAN deram uso criminoso à resolução da CS-ONU. Armaram os tais "manifestantes", bombardearam o país até reduzir a Líbia a um monte de escombros e assassinaram as principais figuras do estado líbio, inclusive o coronel Muhammar Ghaddafi. 


Foi quando a secretária de Estado, o monstro La Clinton, zombou desavergonhadamente (vídeo): "Fomos, vimos, ele morreu". 



Aquela resolução do CS-ONU é a razão pela qual o presidente Medvedev da Rússia não pôde concorrer a um segundo mandato. E Putin assumiu.

Wall Street declarou guerra a Bernie Sanders

25/1/2015, William K. Black, New Economics Perspective

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Os bilionários de Wall Street estão literalmente enlouquecendo ante a possibilidade de Bernie Sanders vir a ser eleito presidente. Stephen Schwarzman – um dos seres humanos mais ricos e mais odiosos nesse mundo –, disse ao Wall Street Journal que uma das três principais causas dos recentes traumas financeiros globais teria sido o medo "que os mercados têm" de que Sanders venha a ser eleito presidente. 


Schwarzman é para sempre infame por causa da guerra que moveu contra as propostas do presidente Obama, de pôr fim à vergonhosa isenção de impostos sobre os chamados "carried interest" [aprox. "lucros carreados": refere-se à parcela dos lucros de fundo privado de investimentos, que os sócios recebem"]. Essa isenção permite que bilionários proprietários de fundos privados de ações, como Schwarzman, paguem taxa mais baixa de impostos que as secretárias que trabalham para eles. A ideia de Obama, de acabar com aquela isenção, foi, para essa gente, equivalente a "Hitler invadiu a Polônia."

Pepe Escobar - Rublo ronca, mercados pegam fogo

26/1/2016, Pepe Escobar, RT

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


Pode-se argumentar que, para Moscou, seria tremendo desperdício das divisas que tanto suaram para acumular, tentar conter um ataque contra sua moeda que a moeda russa simplesmente não pode derrotar, tendo contra ela todo o poder financeiro dos EUA para fabricar dinheiro. 

O Banco Central da Rússia a essa altura teria de estar torrando rublos em troca de ouro, construindo reservas-ouro para o país.


Bem, em algum sentido, pode-se dizer que, sim, é o que está fazendo. Semana passada, o Banco Central da Rússia estimou que as reservas-ouro haviam alcançado 1.415 toneladas métricas em 2015 – mais de 17% acima de 2014, estimadas em quase $48,6 bilhões. A porcentagem de moeda-ouro nas reservas de divisas estrangeiras na Rússia subiu, de 11,96% para 13,18%.

Mas não é suficiente. Por quê? Resposta nua e crua seria que o Banco Central da Rússia e o Ministério das Finanças, como dizem alguns analistas, são comandados de fato por sabotadores e vassalos da elite financeira dos EUA codinome Masters of the Universe.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Por que o Hezbollah está na Síria e até quando?

25/1/2016, Elijah J M Blog, Iêmen

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


O Grande Aiatolá do Irã Sayyed Ali Khaminei descreveu nos seguintes termos a intervenção do Hezbollah na Síria e respectivos efeitos: "O Hezbollah mudou o destino. O Hezbollah impediu que o regime fosse derrubado e está mudando o curso da batalha, de grande derrota, para a trilha da vitória, sem se intimidar ante as perdas".


Palavras fortes, sobre o envolvimento do Hezbollah libanês na guerra na Síria, com referência a "mudar o curso" da batalha em curso e ao longamente esperado Imã Mahdi na ideologia xiita (que não aparece explicitamente clara na declaração de Kaminei), com as bênçãos do Irã.

Mas por que o Hezbollah está na Síria e até quando? O que Khaminei disse com "o Hezbollah mudou o destino"? Que destino? Fala exclusivamente do destino de Assad?

Arábia Saudita na iminência de troca de regime

23.01.2016 Author: Petr Lvov - “New Eastern Outlook”.

Tradução btpsilveira




Vários especialistas previram a transformação que aparentemente começa a sofrer a Arábia Saudita. Tornou-se óbvia depois que o atual rei Salman bin Abdulaziz Al Saud substituiu seu falecido irmão Abdullah bin Abdulaziz Al Saud no trono em janeiro de 2015, e em seguida promoveu uma série de medidas dentro da elite governante, nomeando o presidente do Ministério do Interior Muhammad bin Nayef, do clã Abdullah, como príncipe coroado, enquanto o filho do novo rei, Mohammad bin  Salman Al Saud, de 33 anos de idade e pertencente ao clã Sudairy, recebeu a nomeação de segundo na linha de sucessão ao trono.

Nestas alturas já estava claro que o novo rei tentava abarcar todo o poder do reino nas mãos de seu filho, contornando Muhammad bin Nayef, enquanto ele mesmo entrava em uma espécie de aposentadoria devido ao Alzheimer que o acomete, vindo a se tornar então uma espécie de “rei honorário” sem poder real, mas com o direito de voto consultivo quando dos assuntos mais cruciais e decisões importantes. Não é preciso dizer que isso é uma violação direta à tradição sucessória do reino, onde o trono é passado de irmão par irmão e que está ainda em vigor. Salman está substituindo essa tradição pela sucessão pai-para-filho.

Para tomar decisão dessa magnitude, ele deve estar preparado para levar a efeito um Golpe de Estado com a aprovação do Comitê de Sucessão, o qual é formado, de acordo com fontes diferentes, por entre 7 a 11 membros da dinastia Saud.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O que Putin tem de fazer, mas não faz

24/1/2016, The Saker, The Vineyard of the Saker

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



5ª coluna russa: Chubais, Iudaeva, Dvorkovich, Shuvalov, Nabiullina, Kudrin, Uliukaev, Siluanov, Medvedev

Aconteça o que acontecer no futuro, Putin já assegurou para si um lugar na história entre os maiores governantes que a Rússia jamais teve em todos os tempos. Não apenas conseguiu literalmente ressuscitar a Rússia como país, mas, em pouco mais de uma década, repôs a Rússia como uma das potências mundiais capazes de desafiar com sucesso o Império Anglo-Sionista. O povo russo reconheceu os feitos do seu presidente e, segundo várias pesquisas, garantem a Putin magníficos 90% de aprovação. Mesmo assim, um problema crucial persiste, com o qual Putin não consegue lidar: a verdadeira razão por trás da aparente incapacidade do Kremlin para promover reforma significativa na economia russa.


Como já comentei muitas vezes, quando Putin chegou ao poder em 1999-2000, herdou um sistema desenhado e integralmente controlado pelos EUA. Durante os anos Iéltsin, ministros russos tinham muito menos poder que 'assessores' ocidentais que fizeram da Rússia uma colônia dos EUA. Na verdade, durante os anos 1990s, a Rússia foi, no mínimo, tão controlada pelos EUA quanto Europa e Ucrânia, hoje. E os resultados foram verdadeiramente catastróficos: recursos naturais da Rússia foram saqueados, bilhões de dólares foram roubados e ocultados em contas em paraísos fiscais ocidentais, a indústria russa foi destruída, uma onda sem precedentes de violência, corrupção e pobreza naufragou o país em terrível miséria e por pouco a Federação Russa não foi pulverizada em vários pequenos pseudo estados. Foi pesadelo total, não importa de que lado seja avaliado, horror só comparável a uma grande guerra. A Rússia estava a ponto de explodir, e alguma coisa tinha de ser feita.

Edição Corbyn/Sanders: Os 7 estágios do revide do 'establishment'

21/1/2016, Glenn Greenwald, The Intercept


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



O establishment político e da mídia britânico – foi paulatinamente, todos os dias, cada dia mais, perdendo a noção e a cabeça coletivas, desde que Jeremy Corbyn foi eleito ao posto de líder do Partido Trabalhista da Grã-Bretanha, e a implosão e os chiliques ainda não têm término à vista. 


Bernie Sanders não chega nem perto de Corbyn, em matéria de pensamento radical; os dois sequer habitam o mesmo universo. Mas, especialmente em questões econômicas, Sanders é crítico mais fundamental, mais sistêmico, do que os centros do poder oligárquicos estão dispostos a tolerar. 


Particularmente ameaçadora lhes parece a oposição, que Sanders não esconde, contra a dominação que as empresas impõem à política e o apoio que o dinheiro privado garante só aos candidatos que representam aquele mesmo dinheiro privado. E basta isso, nos EUA, para que Sanders seja convertido na versão norte-americana do mais furioso extremista de esquerda, ameaça viva ao poder do establishment.

Campo de batalha das negociações agora favorece o governo sírio

24/1/2016, Moon of Alabama


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


O exército sírio libertou hoje a cidade de Rabiah na província de Latakia, além de várias outras vilas na área, próxima da fronteira turca. 

Rabiah, assim como Salma que foi libertada há poucos dias, era uma das fortalezas dos jihadistas naquela região. Mais uma vez, o apoio aéreo e a artilharia dos russos (vídeo) foram decisivos. Fotos da cidade mostraram graffiti que os insurgentes ditos 'moderados e apoiados por agentes externos deixaram para trás. Num deles lê-se "Todos os alawitas serão exterminados".

(1) Mapa e análise da antiga linha de frente, de onde partiu, há algumas semanas a campanha de Latakia, em "Síria: Dias decisivos da batalha por Latakia", 23/1/2016, Peto Lucem, de SouthFront, traduzido).


(2) Mapa da linha de frente hoje, "Forças sírias libertaram Rabia, Darwishan e Turus, em  Latakia", 24/1/2016, South Front.



Os jihadistas abandonaram todas as posições a oeste de Rabiah e fugiram. A Turquia fechou a fronteira para impedi-los de entrar no país. Terão de procurar refúgio em Kinsabba perto das colinas de Jabal al-Akrad, seu último ponto, que será atacado na sequência. Depois disso, será lançado o ataque geral em Jisr al Shanghaur na província de Idlib, pelo oeste e pelo sul, e depois está planejado um grande ataque em pinça para libertar Iblib.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Estranho revide do 'establishment' contra Bernie Sanders

Ah, essas ONGs... Não seria lindo, se fossem o que dizem que são?! 
22/1/2016, 
Thomas Knapp,* Counterpunch

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


"Tenho amigos e apoiadores na [ONG] Campanha Direitos Humanos, na [ONG] Paternidade Responsável (Planned Parenthood)" – disse o aspirante à indicação do partido Democrata Bernie Sanders, a Rachel Maddow, da redeMSNBC, dia 19 de janeiro. – "Mas, quer saber a verdade? Hillary Clinton anda por lá há muito, muito tempo, e várias dessas ONGs são parte do establishment."


O comentário de Sanders, em resposta à pergunta de Maddow, sobre o que ele sentia ao ver tantas ONGs apoiando a campanha de Clinton, não a sua, produziu revide imediato e bizarro, diretamente de Hillary Clinton e das tais ONGs.



"É mesmo, senador Sanders?!" tuitou Hillary. – "Como pode dizer que grupos como @PPact [Paternidade Responsável] e @HRC [Campanha Direitos Humanos] são parte do establishment ao qual você se opõe?"



Ora, senadora Clinton, há muitos modos e motivos para Sanders dizer o que disse!